Como a inflação afeta a sua vida e o que você pode fazer para se proteger dela

Você já percebeu que os preços dos produtos e serviços que você consome estão aumentando?

Você já sentiu que o seu salário não está rendendo tanto quanto antes? Se a resposta for sim, você está sofrendo os efeitos da inflação.

A inflação é o aumento generalizado e persistente dos preços dos bens e serviços de uma economia.

Em outras palavras, é a perda do poder de compra da moeda. Isso significa que com a mesma quantidade de dinheiro, você consegue comprar menos coisas do que antes.

A inflação pode ter diversas causas, como excesso de demanda, aumento dos custos de produção, desvalorização cambial, expansão monetária etc. Mas quais são os impactos da inflação na economia?

Como ela afeta o crescimento, o emprego, a renda e o bem-estar das pessoas?

E mais importante: como você pode se proteger da inflação e evitar que ela prejudique a sua vida financeira?

Quais são as estratégias que você pode adotar para preservar o valor do seu dinheiro e garantir o seu futuro?

Neste artigo, vamos explicar como a inflação alta impacta a economia e quais são as medidas que o governo pode tomar para controlá-la.

Além disso, vamos te dar dicas práticas de como você pode se blindar da inflação e manter o seu poder de compra. Acompanhe!

Como a inflação é medida?

No Brasil, a inflação oficial é medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O IPCA reflete a variação dos preços de uma cesta de produtos e serviços consumidos pelas famílias com renda entre um e 40 salários-mínimos em 10 regiões metropolitanas do país.

O IPCA é usado pelo governo como referência para o regime de metas de inflação, que tem por objetivo manter a inflação dentro de um limite estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Para 2021, a meta de inflação é de 3,75%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Ou seja, a inflação pode variar entre 2,25% e 5,25% sem que a meta seja descumprida.

Além do IPCA, existem outros índices que medem a inflação no Brasil, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que reflete o custo de vida das famílias com renda entre um e cinco salários-mínimos; o Índice Geral de

Preços (IGP), que abrange os preços no atacado, no varejo e na construção civil; e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que mede os custos da construção civil.

Quais são os impactos da inflação na economia?

Os impactos da inflação na economia funcionam como um efeito em cadeia.

Em um primeiro momento, a inflação reduz o poder de compra da população em geral.

Isso ocorre porque devido à alta nos preços, o mesmo salário passa a comprar uma cesta de produtos menor.

Com isso, as pessoas tendem a reduzir o consumo e a poupança, afetando a demanda agregada e o nível de atividade econômica.

Por sua vez, isso pode levar à redução da produção, do investimento e do emprego, gerando um ciclo vicioso de baixo crescimento e alta inflação.

Além disso, a inflação gera incerteza e imprevisibilidade na economia, dificultando o planejamento dos agentes econômicos.

Por exemplo: os consumidores não sabem se devem comprar agora ou esperar os preços baixarem; os produtores não sabem se devem produzir mais ou menos; os investidores não sabem se devem aplicar seu dinheiro em renda fixa ou variável; os credores não sabem se devem emprestar mais ou menos; os devedores não sabem se devem pagar suas dívidas ou renegociá-las.

Outro impacto da inflação na economia é a perda de competitividade das exportações brasileiras.

Isso acontece porque com a inflação interna mais alta do que a externa, os produtos nacionais ficam mais caros em relação aos estrangeiros, reduzindo a demanda por eles no mercado internacional.

Isso pode gerar um déficit na balança comercial e na conta corrente do país, afetando o câmbio e a dívida externa.

Como o governo pode controlar a inflação?

Para controlar a inflação, o governo pode adotar medidas de política monetária e fiscal.

A política monetária é conduzida pelo Banco Central (BC), que tem como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic.

A Selic influencia todas as taxas de juros da economia, afetando o crédito, o consumo, a poupança e o investimento.

Quando a inflação está alta, o BC tende a aumentar a Selic, tornando o crédito mais caro e desestimulando o consumo e o investimento.

Com isso, a demanda agregada diminui e os preços tendem a cair.

Por outro lado, quando a inflação está baixa, o BC tende a reduzir a Selic, tornando o crédito mais barato e estimulando o consumo e o investimento.

Com isso, a demanda agregada aumenta e os preços tendem a subir.

A política fiscal é conduzida pelo governo federal, que tem como principal instrumento o orçamento público.

O orçamento público é composto pelas receitas e despesas do governo, que afetam a oferta e a demanda de bens e serviços na economia.

Quando a inflação está alta, o governo pode adotar uma política fiscal contracionista, ou seja, aumentar as receitas ou reduzir as despesas.

Com isso, o governo diminui o seu déficit ou aumenta o seu superávit primário, reduzindo a necessidade de emitir moeda ou títulos públicos para financiar seus gastos.

Isso diminui a oferta de moeda na economia e ajuda a conter a inflação.

Por outro lado, quando a inflação está baixa, o governo pode adotar uma política fiscal expansionista, ou seja, reduzir as receitas ou aumentar as despesas.

Com isso, o governo aumenta o seu déficit ou reduz o seu superávit primário, aumentando a necessidade de emitir moeda ou títulos públicos para financiar seus gastos.

Isso aumenta a oferta de moeda na economia e ajuda a estimular a inflação.

Conclusão

A inflação é um fenômeno econômico que afeta diretamente a economia do país e o bolso das pessoas.

A inflação alta pode gerar diversos impactos negativos na economia, como redução do poder de compra, queda do crescimento, aumento do desemprego, perda de competitividade das exportações etc.

Para controlar a inflação, o governo pode adotar medidas de política monetária e fiscal, que visam equilibrar a oferta e a demanda de bens e serviços na economia.

O ideal é que a inflação seja mantida em um nível baixo e estável, que preserve o valor da moeda e favoreça o desenvolvimento econômico e social do país.

E você, como lida com a inflação no seu dia a dia? Você sabe como proteger o seu dinheiro da perda do poder de compra? Compartilhe com a gente nos comentários!

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